Cleyson Dellcorso

A vida não é tão curta, nós que desperdiçamos muito tempo dela

Na verdade, somos nós que tornamos a vida aparentemente mais curta.

Passamos uma boa parte da vida tentando acumular bens, alçar status social e viver uma vida que não nos pertence, pois ela frequentemente tenta impressionar aos outros e não tem como objetivo a nossa felicidade.

Interessante que se alguém tentar entrar em nossa casa vamos expulsar o invasor, algumas vezes até utilizando meios violentos, porém se assim fazemos com uma propriedade, não o fazemos, e até damos permissão, que outros invadam nossa vida ditando modelos alheios à nossa vontade ou mesmo tornando-os responsáveis pela nossa felicidade.

Muitos de nós chegamos a ser mesquinhos para gastar nosso dinheiro, mas somos extremamente pródigos em gastar nosso tempo, quando é a única coisa em que a avareza é honrosa.

Outras vezes, dizemos a nós mesmos: vou trabalhar muito, “dar duro” até os 60 anos e depois vou ser feliz e aproveitar o tempo. A pergunta que fica é: por quanto tempo? Por mais uma década apenas ou pouco mais? A mim não me parece uma troca justa.

Até parece que queremos começar a viver apenas quando estamos entrando no declínio do nosso vigor físico.

Os orientais costumam dizer que o ideal é o equilíbrio, portanto saber dosar trabalho e lazer, durante toda a vida, parece ser o mais lógico e, a vida deve ser vivida no presente, um momento que é o único que pode ser usufruído e que você tem controle.

“Tudo tem o seu tempo” como diz um antigo livro. Tempo para trabalhar e tempo de lazer. Parece que esquecemos este ensinamento.

A maioria de nós vive mais de 60% do tempo acordado no passado ou no futuro, restando pouquíssimo tempo para vivermos o agora, aquele que realmente temos o controle da Vida. Viver em excesso no passado pode nos levar à depressão e no futuro, à ansiedade.

Em uma pesquisa recente do ISMA-BR apresentou dados alarmantes: mais de 30% dos brasileiros têm Síndrome de Burnout e mais de 70% sofrem com o estresse, tornando o nosso País o segundo no mundo em número de casos.

Antes que a situação se agrave e cada um de nós venha a sofrer os danos causados por esta situação, cabe a nós tomarmos providencias, cuidando de viver uma vida com equilíbrio entre trabalho e lazer, vivendo no momento presente, aproveitando experenciar cada momento como ele realmente é, e que, dependendo de nossa atenção a eles, pode ser prazeroso, produtivo e que merece ser vivido.

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