Sempre que conheço um novo colega tenho interesse em saber o que o levou a tornar-se Coach e na maioria das vezes a resposta não tem uma relação direta com a pergunta, mas quase sempre costumo ouvir: Tornei-me coach, pois descobri que tenho a missão de auxiliar as pessoas. Esta resposta, com pequenas variações, está tão presente nas justificativas que até suponho que a maioria dos cursos de formação reforçam esta característica.
Interessante também notar que, talvez por um ato falho, complementam a explicação com a justificativa de ser uma atividade em ascensão e que traz um alto retorno financeiro em curto espaço de tempo.
Pessoalmente, talvez pelos quase 20 anos de atividade, já não me surpreendo, pois sei que este tipo de julgamento faz com que o profissional que tem como objetivo uma alta receita imediata fará parte da estatística de que 95% dos coaches abandonam a atividade logo no primeiro ano após a certificação.
Quando atendo outros coaches, tanto em mentoria quanto em supervisão, procuro desconstruir a falácia de que todos os coaches são muitíssimos bem remunerados. Assim como em qualquer profissão uma boa remuneração é fruto de um plano de carreira muito bem elaborado, onde além da parte técnica que deve ser aprimorada dia a dia, deverá também contemplar ações de marketing e de construção da autoridade profissional. Tudo isto necessita de um bom tempo de maturação.
Por outro lado, quanto a missão do Coach, procuro mostrar que o discurso deve ser cada vez mais próximo da realidade, afinal o coachee percebe este distanciamento, reduzindo a credibilidade e a afinidade entre ambos.
Se quisermos ajudar os outros, precisamos cultivar a paz interior.
Esta paz interior só é alcançada quando vivemos o momento presente, com atenção total à realidade que nos cerca, mudando o que pode ser mudado e tendo o discernimento daquilo que realmente compete a nós e que depende de nossas ações.
Esta paz é alcançada quando estamos alinhados com nosso propósito de vida e cientes da nossa função no aqui e agora. Por falar nisso: Você tem bem definido qual o seu propósito de vida?
Anselm Grün costuma dizer em seus cursos que devemos primeiro aprender a ajudar a nós mesmos para depois ajudar aos outros. O que todos precisamos, em um primeiro momento, é de tranquilidade e leveza, além de paz para nosso corpo e espirito, e, só então, seremos verdadeiramente capazes de escutar o outro.
Uma sugestão é ouvir com compaixão a criança que carregamos dentro de nós, para poder escutar as pequenas coisas que clamam para serem ouvidas. Só depois disto saberemos como ouvir os demais.
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