Quando falamos com outras pessoas ou no relacionamento com os membros de nossa equipe de trabalho, é muito importante que estejamos atentos à Linguagem não Falada e às metáforas utilizadas. Isto também se aplica ao profissional que utiliza as técnicas de Coaching, quer seja um Coach profissional, quer seja um Líder Coach a frente de sua equipe.
Devemos estar atentos às Metáforas empregadas pelo nosso interlocutor, pois são elas que nos mostram sentimentos, emoções e ideias de modo imaginativo e inovador por meio de uma associação de semelhança implícita entre dois elementos. De um modo geral podemos dizer que Metáfora é uma comunicação indireta de uma historia ou uma figura de linguagem que implica uma comparação, abrangendo similaridades, historias, parábolas e alegorias.
“A essência da metáfora é a compreensão e a experiência de uma coisa em termos de outra” (George Lakoff )
Muitas vezes a pessoa a nossa frente não expõe de maneira clara o que deseja, e é nesse momento que uma atenção especial nas metáforas nos conduz a um entendimento mais claro e objetivo. A metáfora nos leva a uma compreensão real do que esta sendo dito. Desenvolver a atenção às metáforas é de grande importância para aqueles que atuam com Coaching seja ele um profissional, seja ele um gestor que utiliza seus fundamentos para melhor influenciar sua equipe. É importante porque a metáfora é indispensável à comunicação e sem ela seria quase impossível expressar nossas ideias.
Veja alguns exemplos de metáforas:
- Deu branco na minha cabeça.
- Tem um vazio no meu conhecimento.
- Eu estou me sentindo para baixo hoje.
- Eu estou sempre dando murro em ponta de faca.
- Eu carrego o mundo nos meus ombros.
- Eu vejo uma luz no fim do túnel.
Elas podem expressar, com muita nitidez, uma única ideia ou uma experiência de vida.
Carl Jung observou que o símbolo sempre tem algo a mais do que está diante dos olhos e o nosso simbolismo pessoal nos conecta com a nossa história, nossa natureza espiritual, nosso senso de destino e aos aspectos “vagos, desconhecidos e escondidos” da nossa vida. De posse desta leitura, podemos então, como Coachs, ver além do que está realmente mostrado.
Veja um exemplo de metáforas apresentado no livro “A magia das metáforas” de James Lawley e Penny Tompkins, e que lembra os questionamentos usuais feitos pelo Coach:
Quando eu estou com raiva e agindo de maneira inapropriada, pareço-me “com um gladiador que está com um pé atrás”.
Que tipo de “gladiador”?
“Um gladiador romano com um tridente”.
Que tipo de “tridente”?
“Rígido, parece pequeno e pronto para golpear”.
Existe alguma coisa a mais sobre “estar com um pé atrás”?
“Ele está com o pé atrás porque está sob pressão e desequilibrado”.
E assim por diante.
Neste exemplo, o Coach pode “garimpar” muitas informações úteis e que servem de bússola ao processo de coaching que está conduzindo.